domingo, 29 de abril de 2012

Caminhos para a felicidade

Se você me pedisse para descrever o que eu senti quando cheguei eu não iria conseguir dizer nada, e quando eu olhei para aqueles pequenos seres portadores de necessidades especiais, necessitados de atenção de carinho de amor, de sensibilidade dos outros. Os outros que passam a maior parte do tempo fechando as janelas para realidade e que provavelmente nunca pisaram em lugar daquele. Cheio de esperança, de sorrisos sinceros, muitos que dependem totalmente do outro para sobreviver.
 Tive vontade de acolher, pensei na minha vida e me senti inútil e fútil, senti que não passamos de seres egoístas que reclamam de problemas que nós próprios criamos, e que na verdade não sabemos nada sobre o que é sofrimento.
Fiquei encantada com as crianças, primeiro por que adoro crianças, e quando eu vi Pedro, uma criança que imagino ter uns 09 anos ou talvez menos, portador de paralisia que só movimenta a cabeça, não fala e que segundo informações, abandonado pela mãe, que aparece vez ou outra para vê-lo.
Outro que mexeu comigo foi Rodrigo( na foto) uma criança maravilhosa, de 11 anos, que está sempre sorrindo e transmite felicidade só de olhar para ele, que se comunica com dificuldade, e mexe com os braços, e que a mãe vai visitar todos os dias.
Primeiro imaginei o desespero dessa mãe que ama o filho e visita todos os dias, que por falta de oportunidade não pode tê-lo em casa, não pode vigiar seu sono à noite, beijá-lo quando deseja. Depois pensei na insensibilidade da outra mãe, pensei em não julgá-la, mas não consegui. Que mãe é essa que abandona o filho, uma criança que já nasceu necessitando de uma atenção maior.
 Quando aproximei a primeira vez de Pedro, e falei seu nome e ele olhava vago para algum lugar, eu tive uma vontade imensa de chorar, de levar ele para casa, de poder ajudar. Depois do “choque” passado, consegui sentar ao seu lado, fiquei feliz quando segurava sua mãozinha, e quando fui me despedir dele já no quarto dei um beijo na testa dele acenei com a mão e ele levantou a cabeça para me olhar partir, voltei dei mais um beijo nele e prometi voltar. E espero voltar, hoje quando acordei tive vontade de estar lá, e pensei que a gente pode sim ajudar com o que está ao nosso alcance, com doações, com algumas horas do nosso tempo muitas vezes perdido, doando amor, atenção e recebendo sorrisos, beijos e olhares mágicos que nos fazem acordar para vida.
 Tive oportunidade de conhecer alguns voluntários, pessoas abençoadas sensíveis e que fazem um bem enorme ao próximo. Quando pensamos em encarar uma visita a realidade, pensamos sempre que não vamos suportar, que é muito forte etc, e hoje depois de passado ao tumulto de sentimentos posso dizer com toda a certeza, que me fez um bem enorme conhecê-los.



  Imagens retiradas do site http://www.caminhosparajesus.org.br

segunda-feira, 23 de abril de 2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012


Eu to bem, poderia até dividir com você uma caixinha verde de esperança, uma rosinha de amor, e uma azul de recomeço.
Aí aí recomeçar sempre né?
E lá vamos nós de novo, para essa loucura da vida
Eu te falei que ficaria bem, e resolvi seguir os meus conselhos e não de todo mundo, e eu te aconselhei, mas você sabe que vai mudar só quando essa vontade vier de dentro de você,
E você vai acordar assim como eu, se sentindo bem, cheia(o) de energia para dividir, a gente sempre vai querer de novo, amar de novo, tira esse passado de você. Tira!
A gente não esquece as lembranças, mas pode muito bem separar dos sentimentos, cabe a você, e somente.
Da para você sair dessa posição de vitima? Quando você sair dela e ver que é capaz, e responsável pelo rumo que você tem levado a sua vida, vai ter forças para seguir.
E perceber que é curta sim, que é valiosa, e que é bobagem estender essas coisas que a gente sabe que não vai dar certo.
Eu fico por aqui, e espero que eu deixe com você pelo menos boas energias, e um pensamento cutucando a sua mente, quem sabe você acorda, né?

(Dedicado a três pessoas, que devem aprender o desapego, desapegar da tristeza)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

"Um dia, quando menos se espera, a gente se supera"




Você escolhe um dia, pensa em todas as coisas ruins guardando as boas em algum lugar longe daqui. Pensa, pensa e sabe que vai doer muito, mas sabe que agora é o melhor a ser feito. O que é melhor? Eu sempre penso no que é melhor, no que seria melhor, no que foi melhor?
Melhor seria se tivesse dado certo, melhor seria se a gente não errasse nunca, mas a gente erra as coisas nem sempre vão dar certo e a gente se vê na obrigação de fazer escolhas com um peso nas costas de nunca saber o que teria acontecido se a decisão fosse outra.
Me apego aos sentimentos, e todo dia doí mais saber que ele vai passar, que qualquer dia não vai existir mais, que nem mesmo lembranças dele será necessária. Por isso é que as vezes a gente demora para esquecer porque alimenta o sofrimento querendo guardar um pouquinho mais, talvez mais uns dias o que ainda sente.
Mas passa, e há de passar porque tem certas decisões que tomamos para ver o retorno que vamos ter, e as respostas que nos mostram se tomamos a decisão certa ou errada.
Vai passar, qualquer dia, e não será necessária nada disso, nem noticias, nem lembranças, nem você.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Confesso que não era alergia ao lápis nem excesso de sono, eram lágrimas, elas me aparecem o dia todo, do nada, doí a garganta, doí o peito, de verdade doí o coração todinho.
É eu sei, você me avisou, mas por favor me diga quem segue conselho dos outros?
Senti aquela dor de novo, sabe aquela que não tem analgésico e declarei guerra ao meu orgulho.
Andei pelo sol e me acalmava, a dor passa em algumas horas do dia, e em outros doí como fabuloso Caio Fernando Abreu dizia, doí "só enquanto eu respiro".
Há certeza de que vai passar, não tenho duvidas disso, a certeza de que nem tudo será essa raiva toda como Ana Caroline Alves disse, "Fomos muito mais sorrisos que essa raiva.", mas agora eu sou raiva e dor, tristeza e decepção.
Um dia eu te perguntei se era mais carnal? E você disse que não sabia, me doí demais pensar que foi carnal, e somente...
Nada em mim é somente carnal sou corpo e alma em tudo, fui mais alma com você, mas me entreguei de corpo.
Agora eu coloquei meus pés no chão e senti a realidade que sempre esteve aqui.
Lembra da sinceridade? Nunca fomos sinceros, nós em si fomos enganação e nada mais, só a gente não queria enxergar isso.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O que restar de nós


Sabe o que é pior nisso tudo, sentir pena de mim mesma. Pensar e repensar como eu acabei nessa situação.Perdi meu controle.
Você é o risco que eu quis correr.
Você fere os meus princípios, eu e você somos o pecado.
Porém sou apenas perfume esquecido na fronha, sou rímel de final de festa, batom que se confunde com natural dos lábios. E se eu não volto amanhã você está apenas sem reserva,
E se você não vem, eu estou em algum lugar da estrada deserta longe de socorro correndo todos os riscos. Hoje eu sou apenas a dor corroendo a mim mesma, esperando que a qualquer hora eu não suporte e desista.