Tive vontade de acolher, pensei na minha vida e me senti inútil e fútil, senti que não passamos de seres egoístas que reclamam de problemas que nós próprios criamos, e que na verdade não sabemos nada sobre o que é sofrimento.
Fiquei encantada com as crianças, primeiro por que adoro crianças, e quando eu vi Pedro, uma criança que imagino ter uns 09 anos ou talvez menos, portador de paralisia que só movimenta a cabeça, não fala e que segundo informações, abandonado pela mãe, que aparece vez ou outra para vê-lo.
Outro que mexeu comigo foi Rodrigo( na foto) uma criança maravilhosa, de 11 anos, que está sempre sorrindo e transmite felicidade só de olhar para ele, que se comunica com dificuldade, e mexe com os braços, e que a mãe vai visitar todos os dias.
Primeiro imaginei o desespero dessa mãe que ama o filho e visita todos os dias, que por falta de oportunidade não pode tê-lo em casa, não pode vigiar seu sono à noite, beijá-lo quando deseja. Depois pensei na insensibilidade da outra mãe, pensei em não julgá-la, mas não consegui. Que mãe é essa que abandona o filho, uma criança que já nasceu necessitando de uma atenção maior.
Quando aproximei a primeira vez de Pedro, e falei seu nome e ele olhava vago para algum lugar, eu tive uma vontade imensa de chorar, de levar ele para casa, de poder ajudar. Depois do “choque” passado, consegui sentar ao seu lado, fiquei feliz quando segurava sua mãozinha, e quando fui me despedir dele já no quarto dei um beijo na testa dele acenei com a mão e ele levantou a cabeça para me olhar partir, voltei dei mais um beijo nele e prometi voltar. E espero voltar, hoje quando acordei tive vontade de estar lá, e pensei que a gente pode sim ajudar com o que está ao nosso alcance, com doações, com algumas horas do nosso tempo muitas vezes perdido, doando amor, atenção e recebendo sorrisos, beijos e olhares mágicos que nos fazem acordar para vida.
Tive oportunidade de conhecer alguns voluntários, pessoas abençoadas sensíveis e que fazem um bem enorme ao próximo. Quando pensamos em encarar uma visita a realidade, pensamos sempre que não vamos suportar, que é muito forte etc, e hoje depois de passado ao tumulto de sentimentos posso dizer com toda a certeza, que me fez um bem enorme conhecê-los.
Imagens retiradas do site http://www.caminhosparajesus.org.br

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