segunda-feira, 18 de abril de 2011

Havia uma avenida, há uma avenida, as avenidas não mudam pessoas mudam, sentimentos mudam a paisagem muda, as avenidas não. Mesmo o homem com todo seu poder de transformar a natureza mudando o mundo aquela avenida vai permanecer nas lembranças. Tive dois amores naquela avenida, eu me lembro das sensações que eu sentia quando andava por ela. Carregava um medo com desejo. O porque dos medos? Amor tem mesmo essas coisas de carregar medo, insegurança, frio na barriga. Passando pela mesma avenida os amores já se foram, mas eu creio que nenhum amor morre por inteiro, deixando de amar você se comporta como se tivesse assinado um contrato, quer sempre que a pessoas esteja bem, se sente culpada, sente tristeza por ela. Foi isso que eu senti, foi só isso que eu senti? NÃO tive desejo de ver, não aquele desejo de amor, mas uma vontade de te dar uma caixa com paz interior, queria muito que estivesse bem... passei pela avenida carrega de tristeza mesmo tentando não pensar em nada, tive vontade de ter quatorze anos e estar perambulando por ali com as meninas da oitava série, vontade de poder mesmo voltar para evitar alguns buracos, não na avenida os nossos buracos. Foi ontem naquela tarde de domingo naquela avenida carregada de lembranças e desejos que eu vi a lua eu seu estado mais belo, ela resolveu me aparecer em seu estado mais belo visto até hoje por mim. Não entendi o sentimento se era de tristeza, ou de paz interior, mas naquele segundo que eu vi aquela lua em tamanho inacreditável eu esqueci por um minuto, esqueci de tudo. Dizem que a lua é dos apaixonados, mas ela resolveu falar comigo ontem. Talvez ela queria deixar claro que amor é assim mesmo, carregado de lembranças e sonhos sentimentos bons e ruins e que ele se vai e o mundo continua...

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