terça-feira, 24 de julho de 2012

O que não existe deve ser conquistado e não inventado!

O vento leva o amor que você inventou, pois ele é feito no máximo de palavras, papeis, e lençóis sujos de um falso tesão.
Não digo que o amor não acontece a primeira vista, que você um dia vai cair de cara e levantar amando, o que chega a doer o estomago é a necessidade que esses amantes ilusórios tem de mostrar ao universo que pela milésima vez encontraram  a sua alma gêmea. E de um mês para o outro o seu mundo ficou cor de rosa,  e que a vida agora passa a ter um sentido.
E eu já acordei tem uns bons anos, para saber que amor não é nada parecido com isso, até cheguei a enjoar desses romances de quinta categoria que todos nós sabemos o final. Tão previsíveis quanto as minhas preferidas comedias românticas, que eu gosto apenas em telas e não na vida real.
Um dos dois "apaixonados" em um outro tropeço pelo dia a dia deixa cair seu óculos, aquele de criança que faz você enxergar rosa, e o vento leva. E la se vai o seu amor, o seu intenso amor de duas semanas, e não a sexo que faça suportar uma companhia que se torna desagradável, e não empenho que recupere um tropeço que pula as etapas básicas de sobrevivência para se relacionar.
Sabe o que eu ouvi de mais bonito e sincero de uma boa companhia recente, "quando estou com você eu fico em paz, você me transmite tranquilidade" achei lindo, dispenso um eu te amo, ou um recado apaixonado via facebook, não é ser a moda antiga, ou sistemática, é sobreviver aos tropeços que machucam de novo e de novo quem já tem várias cicatrizes.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"

"E foi então que apareceu a raposa: - Bom dia - disse a raposa. 
- Bom dia - respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
 - Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira... 
- Quem és tu? - perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita. 
- Sou uma raposa - disse a raposa. 
- Vem brincar comigo - propôs o princípe  - estou tão triste... 
- Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda. 
- Ah! Desculpa - disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou: - O que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras? 
- Procuro amigos - disse. - Que quer dizer cativar? 
- É uma coisa muito esquecida - disse a raposa. - Significa "criar laços"... 
- Criar laços? 
- Exatamente. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo... Mas a raposa voltou a sua idéia: - Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música. E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo... A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe: - Por favor, cativa-me! - disse ela. 
- Bem quisera - disse o principe - mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
 - A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa. - Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me! - Os homens esqueceram a verdade - disse a raposa. - Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."(O Pequeno Príncipe)

Ouvi de uma pessoa que conheci a pouco tempo, palavras que me lembraram desse trecho do Pequeno Príncipe. Ela disse mais ou menos isso "Nós não temos obrigação em conquistar ninguém neste mundo, mas a partir do momento em que você conquista o outro, você se torna responsável"
Já dizia a raposa os homens esqueceram da verdade, não somente da verdade mas dos princípios, ninguém respeita mais o outro, os sentimentos do outro.


terça-feira, 3 de julho de 2012

"É o amor que ninguém mais vê"

Uma coisa é certa amar vai bem além da palavra namoro, casamento, das idealizações que criamos, da perfeição que imaginamos, da ilusão que sonhamos. Vivemos em tempos onde banalizaram o amor.
Quando o amor chegar quero de verdade e por completo.